quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Há Esperança!

Ultimamente eu tenho pensado muito nesta palavra: ESPERANÇA. Pois a cada instante vamos percebendo ao nosso redor que a quantidade de pessoas que estão desanimadas, desmotivadas, que desistiram da vida está aumentando. E vamos nos acostumando com tudo isto, como se fosse normal.
       Será que é normal depararmos com nosso irmão nas calçadas, nos becos, nas esquinas, passando frio e fome? Será que é normal sabermos que existem diversas pessoas nos hospitais ou acamados em casa e não temos a coragem de ir ao seu encontro? 
      É normal vivermos em famílias que não se olham ao menos para perceber se estão vivos? Se tudo isto é normal, prefiro ser diferente desta normalidade.
      Gostaria de contar um testemunho, mas antes vou colocá-los por dentro da história: Neste dia em que me aconteceu esta situação (que irei partilhar) eu não estava bem comigo mesmo, e resolvi ir à capela de uma Igreja rezar, era a hora da misericórdia. Então entrei e sentei bem próximo do sacrário e não conseguia dizer nada, eu estava me sentindo incompetente. Senti o Senhor me convidando para ir ao hospital fazer uma visita. Disse a Ele que eu iria, mas que eu estava sem nada para ofertar e levaria tudo que eu tinha dentro de mim – mesmo sendo pouco - e que me encontrava disposto a servi-Lo. Logo quando fui saindo da capela, uma jovem me parou e me pediu para rezar por ela e por sua vocação, conversamos um pouco e rezei. Fiquei admirado o quanto o Senhor foi “ligeiro” (risos), pois as palavras daquela jovem fizeram o meu coração arder.
      Saí então da Igreja e me dirigia ao Hospital: Chegando ao hospital, solicitei a permissão para fazer as visitas e esta me foi concedida. Fui então procurando quartos em que estivessem pessoas (graças a Deus não eram muitos). A seguir encontrei o Jorge e a Solange e ali ouvi, partilhei, rezei e me alegrei. Perto da hora de acabar o horário de visitação encontrei outro quarto onde estava o Nelson. Bati na porta e as pessoas que estavam lá dentro me convidaram para entrar. Seu Nelson estava ligado a aparelhos e a única coisa que eu conseguia ouvir era a contagem das batidas de seu coração. Descobri que quem estava ali era sua filha e seu genro, fiquei sem o que dizer a eles. Mas conversamos e partilhamos muito da vida.
      Logo após chegou o padre para dar a unção dos enfermos (eu nem sabia que estavam o esperando), participei do rito e rezei junto com a família. Fiquei tentando me ver naquela situação, e pensei quantas serão as vezes que eu não irei deparar com ela?! Só Deus pode tudo mudar.
       Depois da unção permaneci com eles, chegou então o doutor e começou a falar para os seus filhos que o estado de seu Pai havia piorado que outras doenças surgiram e que eles tinham que fazer transferência, mas que não iam encontrar vagas em lugar nenhum. Aquilo foi me incomodando, pois olhava nos olhos daquela família e via a esperança sendo roubada e me questionava: Por que este médico está dando estas notícias com uma frieza desta?! Depois o doutor e o padre saíram e permaneci ali com a família, senti Deus me falando: “Ainda hoje ele estará comigo”. Preferi não dizer nada à família, então falei que iria rezar por eles e saí. No outro dia de manhã, quando fui à rua, vi o comunicado de sua morte que sucedeu as 06h da manhã, hora do Ângelus. Conto este testemunho, porque ele e muitas outras situações estão sendo o motivo de tantos questionamentos em minha vida. Fico pensando como somos capazes de roubar a esperança das pessoas e fazer delas reféns.
       Mas rezando com tudo isto também pude perceber o quanto somos capazes de devolver a esperança para tantas pessoas que não a têm. Vejo os atos de Jesus nos Evangelhos e não foge dos meus olhos as cenas em que Ele olha, toca, fala, acolhe, ama e em tudo concede esperança. Se talvez você não consiga encontrar mais motivos para viver eu lhe convido a ser ousado e pedir para que Deus te surpreenda com o Seu amor e que venha tocar nas feridas que precisam ser cicatrizadas para que não inflamem. Permita-se ser surpreendido e amado.
        Devolva a você mesmo a esperança que é sua. Ajude aos seus irmãos a também ter de volta a esperança de um Deus que ama sem limites e se doa sem reservas. E não se preocupe, confie e escolha sempre a melhor parte: Estar aos pés de Jesus. Rezo para que a cada dia encontremos – dentro de nós – o desejo da Santidade. Ela é possível, eu creio.


1 comentários:

  1. Jéssica Amorim Silva3 de novembro de 2011 às 12:23

    Que orgulho esse menino me dá!!!! rsrsrs É Rafa Deus usa daqueles que tem o coração alargado pelo seu amor. Abração meu amigo agora eu tô aqui hehehehhehhe.

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