sexta-feira, 15 de abril de 2011

Pregador do Papa comenta sobre C.S. Lewis em pregação para a Quaresma


Frei Raniero Cantalamessa é o pregador oficial da Casa Pontifícia (Vaticano, sede da Igreja Católica) desde a época do Papa João Paulo II. Suas palestras são muito difundidas no meio católico e uma das mais conhecidas são as de Preparação para a Páscoa, durante o período da Quaresma. E em sua 2ª pregação deste ano, Cantalamessa usou de referência a obra “Cartas de um Diabo ao seu Aprendiz”, escrita por C. S. Lewis.
Veja o trecho:
O grande converso e apologeta da fé Clive Staples Lewis (autor do ciclo narrativo de Nárnia, recentemente levado ao cinema) escreveu uma obra singular intitulada “As Cartas do Coisa-Ruim”. São cartas que um diabo velho escreve a um diabinho jovem e inexperiente, que tem a missão na terra de desencaminhar um jovem londrino recém-retornado à prática cristã. A meta é instruir o diabinho quanto às estratégias para atingir o objetivo. Trata-se de um moderno, finíssimo tratado de moral e ascética, a ser lido pelo contrário, fazendo exatamente o oposto do que é aconselhado.
A um certo ponto, o autor nos faz assistir a uma espécie de discussão entre os demônios. Eles não conseguem entender que o Inimigo (é assim que eles se referem a Deus) ame de verdade “os vermes humanos e deseje a liberdade deles”. Eles têm certeza de que isso não pode ser. Deve haver, necessariamente, uma farsa, um truque. Estamos nos perguntando isso, dizem eles, desde o dia em que o Nosso Pai (é assim que eles chamam Lúcifer), justo por este motivo, se afastou dele; ainda não descobrimos, mas um dia descobriremos [10]. O amor de Deus pelas suas criaturas é, para eles, o mistério dos mistérios. E eu acredito que, pelo menos nisso, os demônios têm razão.
Caso queira ler a pregação na íntegra, acesse aqui.
The Screwtape Letters ou Cartas do Inferno, As Cartas do Coisa-Ruim ou Cartas de Um Diabo a Seu Aprendiz (título no Brasil) é um livro de ficção escrito por C. S. Lewis, formado por 31 cartas que foram publicadas no The Guardian e apareceram pela primeira vez em livro (sob o título The Screwtape Letters), em Fevereiro de 1942. A obra foi dedicada por Lewis a seu amigo J. R. R. Tolkien.

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